sábado, 30 de julho de 2011

SKELETON KEY

Vamos lá encerrar um capítulo extenso, não em demasia, sabe bem para xuxu, recordar, relembrar, louvar.
Mas sim, talvez, seja já tempo a mais, é preciso descolar a âncora lá do fundo, levantar areia, ligar o motor, seguir viagem.
Hoje é o dia, a noite, a madrugada, o serão.
Para todos os meus amigos, os de sempre, os de algumas vezes, os de algumas noites, temporadas, férias, liceu, faculdade, estrada ou os acidentais. Para os cá de casa.


No inicio, quando liguei para Portugal, apenas disse que ia para a "Índia". Para o fim do mundo, onde nada havia, onde nada se passava, onde tudo era demasiado pobre, onde tudo estava em crescimento, onde tudo acontecia, onde as luzes ofuscavam tudo e todos. Era maluco, estava bem onde estava, só ia dar pro torto. Ia dar merda.
Foi esta a resposta que levei.
Passados uns tempos, já cá, vi a reacção sobre uma sms datada desses tempos,"O Nuno vai para a Índia". Curto e grosso, no visor do telemóvel do patrão do lar doce lar.
Tudo aconteceu como devia ter acontecido, graças aos Deuses, graças a Eles, graças aos companheiros de viagem e graças a mim também. clap clap. 
E pronto, depois do inesperado convite do Ema, dos milhentos e-mails e chamadas, dúvidas e receios sobre uma publicação, sobre o que era abrir um livro já aberto digitalmente, expo-lo, comenta-lo, dar a ler as minhas mais sinceras palavras, escritas sob uma enorme descompressão e por debaixo de uma temporada emotiva e intensa, preparamo-nos para o baixar da cortina, e já não era sem tempo.
Por tudo isto e algo mais, espero ter os do coração logo à noitinha, para a amena cavaqueira do costume, o calor e conforto da conversa e da troca de palavras entre velhos ou distantes conhecidos, sem o complexo dos grandiosos e glamourosos acontecimentos.


Nada disto era suposto acontecer, mas já que aconteceu, let´s enjoy the ride.

Escrito na tarde de 29.


Hoje.
Agradeço todas as mãos que me ajudaram a carregar a responsabilidade de apresentar algo que felizmente aconteceu, sem nunca ter tido intenção de ser algo, uma coisa, um sinal, um objecto.
Apenas hoje, depois do ontem, consigo distanciar-me e usufruir, apreciar o momento, degustar na boca o sabor do que é belo e corre pelo melhor.

Tremendamente agradecido a todos os que compareceram, espero que me perdoem o discurso que se poderia ter alongado por mais um pouco, mas que na hora me pareceu uma conversa na qual o intuito era maçar o menos possível, conseguindo captar a atenção de todos sem que se esgotasse o período de validade do mesmo, mas talvez tenham ficado coisas, situações, aventuras e histórias por contar. Quem sabe, numa nova oportunidade, individualmente ou colectivamente, terei oportunidade de o fazer. Tudo a seu tempo.
E tremendamente agradecido, elevado ao quadrado, a todos que tem estado lá since day one  da minha vida, mais ou menos presentes, havendo lugar para tudo, porque de tudo isto é contruído, todos os tijolos contando, como também, do dia um do "Um Delicado Sentido de Equilíbrio", já descobri com isto, que Equilíbrio, leva acento no segundo i.

Hoje é o dia, de respirar bem fundo, e pausada e descompassadamente, sem relógio, nem tese, nem horário, nem compromissos, digerir tudo isto com serenidade.




Over and out.

Miles Away . The Constant


Face the ever present problem, ongoing mistake
Way I choose to be, alone
Conscious decision, a way to dodge commitment
The space that I have chosen ‘til now, for now

I spend my days hiding in the dark
Afraid of outcomes not offered to me
Think of what is right, every minor detail over again, back and forth
And I will face this on my own
And I will face this all alone

And day by day I try to break away
From what I’ve come to know and how I’m set to think
This is the constant guiding me, the only constant I can see
And I will wait alone, that’s where I’ll be
I’ve got to face it on my own.