segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

TIME TAKES ITS TOLL



Para quando a gente crescer.


Quando a gente crescer, deviamos-nos lembrar do melhor livro.


Ou da quantidade de vezes que vimos o melhor filme.


Saber qual foi o primeiro CD.


Ou ainda recordar a grande maioria das músicas da MIXTAPE que gravamos no velho HI-FI.


Ou das primeiras sapatilhas que nos fizeram pensar que eramos o Ninja cá do Bairro.


Ou da chapada na cara que doeu mais e a razão por a termos levado.


Ou da coça que levamos no recreio da escola e o que dissemos "face to face" a quem nos apertava o pescoço como se não houvesse amanha.


Do primeiro Golo ou da ultima grande defesa no alcatrão já extinto da Secundária de Penafiel.


Do nosso primeiro Crush.


Do nosso primeiro carro desde que nos lembramos que o carro é um carro e que têm uma marca e que dá para ir na A4 a adivinhar as marcas e os modelos e as cores.


Da primeira Palavra.


Do primeiro jogo de xadrez com o Pai de Familia.


Do primeiro jogo da Bola nas Antas.


Do avô a berrar para sair da frente da televisão. Tenho pena que não tenhas visto o Jardel a marcar tantos golos...


Dos pães com Ovo e das tardes na casa da Maria.


Das voltas nos carrinhos de choque ou das idas à churrasqueira.


Da quantidade infindável de jogos do Penafiel no 25 de Abril.


Do primeiro vaso partido em Canelas.


Da vitrine da Açoreana e do primeiro Sucol lá tomado.


Da primeira bicicleta amarela.


Da ultima frase da Educadora de Infância antes de irmos para a Primária.


E da primeira frase da professora da Primária.


Ou da primeiro insulto do colega de carteira.


Ou do primeiro recado para casa que a Claúdia fez questão de lembrar quando tocou à campaínha cá de casa e me fez enfardar mais uma vez.


A primeira vez que roubamos fruta e o sabor que ela teve, mesmo que azeda para cacête.


Do primeiro desenho que a mãe guardou na gaveta das meias.


Da primeira Playboy.


Do primeiro concerto a que assistimos ou do primeiro concerto que pensamos que demos.


Da primeira carta.


Da ultima também.


Do primeiro livro do Asterix.


Recordar as mil vezes que nos disseram que os Calipos eram só água e que o Mini-milk alimentava mais e nos fazia crescer.


De fugir do saco vazio "do Bicho" que faz mal a quem não se porta bem.


Dos Ficheiros Secretos que são a fazer de conta.


Lembrar da primeira vez que fugimos para a sala para ver televisão fora de horas.


Do primeiro Clube fantasma super secreto do qual toda a gente sabia.


Da primeira vez que se tenta ser guitarrista de vassoura na mão e se caí redondo no chão.


Da primeira tábua e do primeiro queixo partido.


Do primeiro ataque de ansiedade quando a solidão aperta.


Da cabeça rachada na porta de Casa.


Da primeira Bola a sério.


Do primeiro LEGO Technic.


Do primeiro buraco que não encontramos quando a vergonha esmaga.


Da frase que nos queima e nos assa e nos mói como um cilindro esmaga o alcatrão.


De todos os momentos em contraluz que ficam no banco de trás das nossas memórias.


Da partilha e da entrega.


Do primeiro festival.


Ou do primeiro festival que tentamos organizar.


E do primeiro festival que realmente organizamos.


De todas as opções que tomadas, tomadas ficam, para o bem e para o mal.


A primeira viagem.


Ou a primeira viagem sozinho.


Da lágrima ou da baba ou do ranho


Ou do sorriso de miúdo


Pelo Certo e pelo Errado, nada mais posso acrescentar à chamada de valor acrescentado,

obrigado pelas caneladas e santolas, stress e ansiedade,


sem as costas grandes não se levanta nenhum peso.


HAVE HEART - WATCH ME RISE!

"goddamn", he said, "i promised myself
i'd never feel this fucking way
again, this world has got me praying on my knees
for one peaceful thought

in my mind,
my stride,
my life,
my time
is consumed with a thousand thoughts

flying free like a flock of birds
with no direction or intention of finding home

it's so hard to think,
it's so hard to change
when this world doesn't see you any other way

in this world, they choose to see me,
they choose to see me
like a setting sun

so it's up to me,
i have to see me,
i have to see me
like the rising one

in my days somebody told me that the rain would always come,
always come to wash away the pain
but nothing changes and this world still wants me down,
wants me down on my knees praying in that rain

"born this way, die this way"

i'd rather die on my feet
than live on my knees
i'd rather die on my feet
so you can watch me,
you can watch me

WATCH ME RISE
with the things we carry

the loss,
the scars,
the weight of heavy hearts

so i say to the slaves of depression
CARRY ON
and sing the sweet redeeming song
about living this life free and long

watch me, watch me,
WATCH ME RISE
for Miles and miles


Um comentário:

  1. Confirma-se o que eu já desconfiava há muito: tenho perda de memória a longo prazo e a de curto também tem uns períodos de crise. Mas o que eu me lembro muito bem é a dos calipos serem só gelo (esta é a versão da minha mãe), mas que nos deixam comer e até encorajam quando se tiram dentes. Maravilha! :)

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