sexta-feira, 12 de outubro de 2012

KEEP ON ROCKIN!



Não tenho conseguido parar de esboçar sorrisos, daqueles de desarme, quando o que vislumbro é tão incompreensível que ultrapassa em excesso a bitola do considerável, do apropriado,do "natural", do dito normal. Mas ya, da normalidade já não há que esperar nada. 
É mesmo aquele engolir em seco, aquele burburinho do coração, a dita ansiedade, garganta seca, olhos esbugalhados, maçãs do rosto franzidas. 
É como a vergonha alheia, até parece mentira.
Aquele "foda-se" baixinho.
Como diria o Greg Graffin, somos personagens de estórias mais estranhas que a ficção, num enredo cheio de horizontes longínquos polvilhados por "DTs"  seats Ibiza dolce gabanna férias nas caraíbas golos superbocks bacalhau auto-estradas ppp´s estádios expos cabazes família, nóbeis,FMIs, segredos e pesos pesados, descritos por escritores de visão deturpada que navegam águas calmas, durante noites de luar, batendo teclas sem consequência, cosendo as linhas de contos e paus bafejados pelos ventos bávaros, enquanto bebem Don perignon e puxam uns bafos de charuto porque a purple haze foi roubada por um corsário das terras-baixas. O convés esse, segue viagem vazio, não apenas de mercadoria ou de especiarias e tesouros de além-mar nessas águas internacionais e globalizadas, leve que nem um passarinho inocentemente ludibriado com a falsa primavera dos primeiros dias de janeiro, com um tremendo nulo de ideais e valores, numa puta de uma Náu desiquilbrada, a pender para um dos lados, de velas-fechadas e sem vivacidade, que a cada milha naútica que sofregamente percorre, se afunda mais uns centimetros na austeridade das marés. 
Mas o melhor desta Nau, são as matinés. Durante as tardes, em alto alto mar, é projectada na vela esquinada e dobrada, todo o corre-corre de aeródromos, offshores, sacos azuis, freeports, sucatas, licenciaturas, escutas, negócios da merda, merda de negócios, desde os mais preguiçosos até aos piegas que circulam, por aí, em Clios. 
A bandeira essa, vai batendo contra o vento, com o vermelho trocado pelo verde e as esferas de cabeça para baixo.
E essa comédia de cariz trágico, com um enorme teor de ficção redigido pelos melhores dos melhores dos romancistas da nossa Nação, vivos e mortos, os de hoje e os de ontem, vai se projectando nos blocos informativos das manhãs das tardes e serões e a impotência é tanta que e recordam os tempos de pequeno em que me assustava com a televisão, com os vilões e os extraterrestes, com os feios porcos e maus e a minha Mãe pegava em mim, fazia umas festinhas na cabeça e dizia "não fiques triste, é só um filme".

Neil Young -  Rockin' In The Free World
There's colors on the street
Red, white and blue
People shufflin' their feet
People sleepin' in their shoes
But there's a warnin' sign on the road ahead
There's a lot of people sayin' we'd be better off dead
Don't feel like Satan, but I am to them
So I try to forget it, any way I can.

Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world
Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world.

I see a woman in the night
With a baby in her hand
Under an old street light
Near a garbage can
Now she puts the kid away, and she's gone to get a hit
She hates her life, and what she's done to it
There's one more kid that will never go to school
Never get to fall in love, never get to be cool.

Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world
Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world.

We got a thousand points of light
For the homeless man
We got a kinder, gentler,
Machine gun hand
We got department stores and toilet paper
Got styrofoam boxes for the ozone layer
Got a man of the people, says keep hope alive
Got fuel to burn, got roads to drive.

Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world
Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world.



Nenhum comentário:

Postar um comentário