terça-feira, 30 de março de 2010

WEDNESDAY NIGHTS!


Ontem foi segunda de trabalho, ja ia dizer que fora domingo, mas aqui os dias e noites e temporadas passam e nao dou por elas, vai rolando. Sei para me localizar no tempo/espaco, que ha cinco dias que ando de lado.

Se ha coisa maravilhosa, e' uma cidade deserta. Amo o sentimento de solidao, numa escala tao superior a' nossa de simples miniaturas em selvas que nos proprios criamos, e se a cidade indiana de dia e' o verdadeiro caos, de noite, o descanso toma conta. Parece o miudo que berra berra berra, chora chora chora, chinfrim danado, e depois, no fim, cai em combate. Eu vejo tudo a berrar a' minha volta, a buzinar, a furar pelo trafego, mas no fim do dia tudo repousa. A poeira volta a assentar, os caes controlam as ruas.
Ontem sai de um longo dia de trabalho, ou pelo menos de presenca no local de trabalho, e deparei-me com a Drive-in Rd completamente vazia. Que alegria ver o alcatrao reluzir as luzinhas de mil postes de iluminacao e anuncios de operadora de telemovel. Com o separador as' riscas pretas e brancas lembrou-me um circuito automovel, na vespera da corrida, a espera que lhe rasguem o alcatrao, que se agarrem a ele na ansia de serem os primeiros da maratona.
Andei um bom bocado, o motoristas dormiam todos no banco de tras dos Rikshaws, e ao final de dez minutos a ouvir o "things we carry", alojei-me no banco de tras, meti a cabeca de fora e fui a levar com o ar na tromba, ar ainda quente, quase a ficar frio, que me acolheu e fez sorrir. Depois do caos, nem que sempre ela nao venha, a ordem chegou, a rondar as duas da madrugada, brisa forte na cara torrada, formato refresco de limao. Vi a cidade abandonada, o deserto da urbe, o que afinal dorme por escassas horas. Lembrei-me de todas as coisas que diariamente sao depositadas nas ruas, nas vielas, nos mercados, em todo o ruido material que se apressa a espreitar mal o sol tambem da conta de si, e que realmente o indiano tem uma paciencia brutal. Abrir o tasco e comecar a espalhar tudo nos escassos metros quadrados do qual ele reclama de espaco publico, para o bom funcionamento do seu estamine'.

Depois do sightseeing, cheguei a casa, meti duas torradas no forno e puxei da manteiga, reconfortei o animal, subi ate ao telhado sem telhas, deitei-me na cama sem lencois, enrolei-me no saco, olhei para o tecto e vi o vazio daquilo que muitas vezes somos, perdidos por ai, pela urbe ou pela terrinha, alheios ao que realmente importa, e sedentos de mais qualquer coisa que nos anime o dia-a-dia mas que infelizmente nunca chega, nao chega porque tambem nunca partiu, de no's, nao dos outros.

A mim animou-me dormir cinco horas sem que fosse interrompido pelo corvo da manha, nao, costuma ser a coruja, muito menos o galo.

domingo, 28 de março de 2010

BREAKING THE BROKEN



Parrtir o partido, nao o baralho, quem da' cartas da' sortes, seria mais partir o estomago a meio, tirar o que ja' la esteve, deixar a bilis, mascar uma chiclete e pensar que amanha nao vou tantas vezes a' retrete como fui hoje, ou que pelo menos vou tentar comer mais um pouco e estar mais bem diposto.

hoje acordei, pensei que o dia iria ser cansativo, nao me enganei, mas que cansativo nao quer necessariamente dizer produtivo, porque o valor da ausencia hoje pesou. Nao me considero comodista, nao me considero dependente de terceiras coisas e coisinhas, mas parece que ha limites para o limite e hoje foi um daqueles dias em que essa barreira foi ultrapassada.. Est'a fresquinho la' fora, trinta e nove graus, menos um que os quarenta psicologicos, mas mesmo assim, insuportavel andar ao sol, nao nasci para torrar nele, nem nunca me dei como satisfeito passar tardes secsis a tostar na areia, nao tenho paciencia, e como tal, paciencia nao tenho para andar a pisar alcatrao com um sol a pique. Hoje apeteceu-me comer um prego no prato, um daqueles servidos com muita batata queijo e fiambre, com o bife mal passado por baixo e o arroz ainda colado de azeite ( ou oleo de mes e meio ), e que tudo junto, mesmo na boca antes de chegar ao estomago,ui que maravilha. Acho que se tivesse oportunidade de o comer agora, era que nem leao, mesmo king of the jungle style, sem olhar pra mais nada e ninguem. Acho ate' que andava ao balazio para comer um agora. Mas nao me adianta sacar da pistola neste momento, primeiro nao a tenho comigo, segundo nao tenho ninguem a quem aponte e que como resultado do disparo resulte um prego no prato como aqueles que comia no Anto'nio ou no Royal. E se calhar ja' nao sei ao que isso sabe, e custa-me pensar que so' daqui a mais de trinta dias volto a meter a' boca tamanho pedaco de paraiso, sem mais ver "veg" escrito na ementa do restaurante.

Bem, ningue'm disse que ia ser facil, nem ninguem me meteu no aviao a' forca, nem quer isto dizer que nao esteja a ter uma granda temporada pelo pais do caril, mas um prego no prato, marchava que era uma brincadeira.

btw, hoje li no walkthiswalk.wordpress.com do caro amigo Ema, um artigo sobre o HRVST, li a preview e ja penso em encomendar o livro. Fica aqui a introducao.

http://www.reflectionsrecords.com/newsletter/HRVST_preview.pdf

“Remember to be gentle with yourself and others. We are all children of
chance and none can say why some fields will blossom while others lay
brown beneath the August sun. Care for those around you. Look past your
differences. Their dreams are no less than yours, their choices no more easily
made. And give, give in any way you can, of whatever you posses. To give
is to love. To withhold is to wither. Care less for your harvest than for how it
is shared and your life will have meaning and your heart will have peace.”

Kent Nerburn

porque nao e' so' a comida que me faz falta, isso serve talvez de desculpa. Somos bem mais com aqueles ao nosso lado.

B.L.I.b.A.Q.H.C.P.M.M.

sparta breaking the broken

sexta-feira, 26 de março de 2010

NO ESTADIO



Lembro-me como se tivesse sido ontem, jogo do tri-campeonato, nas Antas. Arquibancada, bem la' no alto, a ver o Baia e companhia, cabelos pintados de azul e branco, festa generalizada, apanhei um balao, comi um calipo de limao coisa que normalmente o meu pai nao me deixava comer porque era " so agua e corantes ", sai dali convertido. Ganhei uma nova paixao, comecei a perceber porque que o Clemente barbeiro me chateava quando passava a' frente da televisao e ele estava a ver " a bola"..


Ontem fui ver um jogo de cricket, Rajasthan Royals VS Deccan Chargers.
Apanhei um Rikshaw de Sangath, Drive-in Road, para o outro lado da cidade, um calor imenso, que se abatia sobre mim, um cansaco enorme das noites mal dormidas que se tornaram uma constante, calor e derivados, mais a luz matinal a chegar as 6 e 30 pontuais, e la' seguia eu viagem pela selva, que em dia de jogo, 'a semelhanca do que se passa na europa, redobra a capacidade e populacao activa nas ruas e vielas, e a viagem de 45minutos ate' ao estadio foi um misto de recordacoes dos muitos jogos que ja vi nas Antas e Dragao,ou no pequeno 25 de Abril la' da terrinha, com a antecipacao e exitacao de quem vai para a festa dos golos, ou da falta deles. fui tentando procurar o homem das bifanas, ou a mulher dos cachecois, ou a claque que se organiza, a candonga, mas no final, depois da poeira toda passar, la' me orientei atraves do imenso parque automovel em terra batida, com toda a gente a comentar o que os ocidentais faziam num jogo de cricket.
A fila ia longa, e continuava a aumentar porque os Indianos nao gostam de esperar, o que quer dizer que e' ao bom estilo do "tas a dormir passo-te a' frente".
Estava eu na fila quando dei de caras com uma T-shirt de Sepultura do brasil 1 2 3 4, e mais a frente uma bela replica da Splipknot People = Shit. Ri-me um bom bocado, e no fundo acho que as t-shirts tavam ali ao engano , que Sepultura ou Slipknot deveriam querer dizer qualquer coisa como DE PUTA MADRE la' no Portugal, digno de figurar em todas as camisas e t-shirts justas do dia e da noite, como um slogan de bom posicionamento social e conhecimento linguistico.

Telemoveis nao entram, camaras tambem nao, foi o trinta e um pintado logo no inicio. Arranjou-se um esquema interessante, e por oito euros comprei uma T-shirt dos RRs e deixei o meu saco na banca de Merch do esta'dio. Seguimos viagem e eu sempre com a ideia de passar o anel da bancada, mirar o verde relvado, ver o Helton a aquecer na baliza e os Super a aquecerem a gargantilha.
Ora bem, esta'dio circular, gente aos magotes mas que nao devia passar das 30.000 , pelo menos na lotacao oficial do esta'dio, entertainer em palco centralmente localizado, a puxar pelo publico. Parecia-me que o Hermano Jose' tinha feito mais uma viagem do Portugal para Ahmedabad para animar o jogo, mas desenganei-me passado pouco tempo, e voltei a ficar surpreendido com as quatro bailarinas profissionais, que de indianas nao tinham nada, que subiram ao Palanque improvisado e fizeram as delicias da massa masculina que no esta'dio se encontrava e que certamente transformaram um jogo de cricket num jogo de bilhar de bolso, nao seria a tamanha convulsao que ia no meio deles.

O meu lugar era das primeiras filas, com a rede a' frente. Lembrei-me do FCP-Guimaraes para a taca de Portugal, 2004 se nao me engano, na apertada bancada do Topo do estadio de Felgueiras, com a rede de arame farpado a fazer a delicia dos foras de jogo, porque com uma esquadria a coisa fica mais facil de insultar a mae do bandeirinha. Mas bem, o lugar nao era grande espingarda, nao percebia o ba'sico sobre o jogo, e o melhor que tinha a fazer era tentar comparar com o Baseball e esperar um homerun que caiu a escassos 10 metros do local onde nos sentavamos..

Achei imensa piada aos Slogans que iam surgindo no placard:

WICKED!
AMAZING
BOMBASTIC
TIGHT!
BRUTAL!

A cantilena GO CHARGERS GO CHARGERS GO CHARGERS GO GO GO!

Mas fiquei desiludido, nao haviam golos, a malta nao ia a correr at'e a' rede para festejar, nao se insultava o arbitro nem os jogadores da equipa adversaria, nao se ouvia " GATUNO" a ecoar pelo estadio fora, nao se fazia a onda, nem sequer oooooooooohhhhhh filho da put* quando havia pontape' de baliza... e estava eu neste isolado mundo de querer ver o que nao via, de me lembrar que quando voltar quero ir ao Jamor ver o meu clube ganhar a unica coisa que ainda lhe resta para este ano, quando mais um atentado terrorista rasgou o meu estomago, deixando-me quase K.O. ao primeiro assalto.

Fui aos lavabos que em muito se pareciam aos do 25 de Abril, mas que conseguiam ser piores, e falamos da primeira liga do Cricket Indiano. Nao dava mais para ficar por ali a ver um jogo que nao compreendia no meio de uma multidao alterada naquele monstro de betao aparente. Decidi regressar a casa.

O ar ja' estava mais leve, as estradas menos ocupadas, a viagem tornou-se mais curta mas o problema e' que a cabeca e a barriga nao estavam bem.
Deitei-me no sofa, adormeci, acordei, corri para a retrete e quase em asfixia deitei por terra todas as forcas em forma de pasta viscosa e acida, de hakka noodles e fixed Lunch do Quick Bite, e voltei a puxar, e a puxar, e a puxar, e o ar esse, nem ve-lo. Passo sempre mal quando vomito, e desta vez, a cada round ia pensando que afinal a India tem destas coisas, que nao posso comer com tanto avontade, que o sol nao perdoa, que dormir bem faz-me falta, que a gasolina que respiro todos os dias me entopem os pulmoes, que um naco de carne com batata frita seria dadiva de deus, ou uma Agua Serra da Estrela ou Luso iam-me fazer mais feliz que as melhores gambas. Eu tambem nao sou grande fa de marisco, prefiro o prego no prato.

Depois de tomar uma bomba para o estomago e comer um arroz e torrada simples, adormeci, cai em combate, chuck norris style.

Hoje estou melhor, mas pouco, continuo com a intermitencia das idas ao quartinho, com vontade de comer sem saber o que comer, com vontade de dormir mas sem condicoes para tal.
Restam-me os sais de frutos , que nao sao ENO nem tem a cantilena " voce abusou, tirou partido de mim abusou", mas custaram 30 rupias e espero que resolvam a situacao.

Bad Brains - I Against I

terça-feira, 23 de março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

FATE!



ACCEPT YOURS.

Depois de 12 horas de bus, de ter ido ao deserto, comprado um casio meta'lico por dois euros, fiz a barba e parei.

Diu. LOS COJONES DE NAVARONE















Uma pequena introducao com um capitulo de infancia:

Hoje vou ao cinema, queres vir?
Hoje nao posso! Vou 'as Antas ver a bola! mas que filme vais ver?
Vou ver os Quilhoes de Navarone.
Quilhoes? Sao os Canhoes de Navarone!
Tao vou a' bola contigo..


Cheguei ao Forte de scooter com a minha amiga espanhola, cercamos o animal, demos-lhe a volta, enfrentei-lhe a carapaca, olhei-lhe nos olhos.


CANHONES! ouvi eu, sim, eram canhoes, apontados ao mar. Lembrei-me da historia das duas amigas do cinema e da bola, lembre-me de partes do filme tambem. Ri-me, traduzi a anedota, nao sei que efeito surtiu, mas pouco importa, pelo menos ri-me eu! E acho que a nuestra hermana tambem achou piada a parecenca entre o Portugues e o Ca(ta)lao.

Somos Portugueses, sempre cabisbaixos, a pensar no passado. Agarrados a ele, sempre com a ideia que o que tal mal sempre assim esteve, e o que pode estar bem, nunca o ha de estar. Tem piada, que nunca saimos da crise, nunca superamos o de'fice, os combustiveis sobem, o desemprego tambem, mas a porra da motivacao, desce. Esse quinto imperio, fez mal e bem, nunca o soubemos superar, nunca soubemos lidar com o nosso patrimonio, valoriza-lo, entende-lo, quem sabe ate' merece-lo, mas que me deu um gozo enorme, diria ate' um enorme Orgulho Portugues, de estar a tanto km de casa, a tanta curva e contracurva, tanta onda de mar e oceano, tanta mare' , tanta tempestade, tanta discussao e morte , e ali, duro que nem penedo, duro como eu acho que ainda os ha' em Portugal, o Forte de DIU.


Eramos pouco mais de um milhao, back in the days, alcancamos o mar, lancamo-nos a ele, fomos indo, agarrados a africa como um cego se agarra a parede com a mao, rodamos, fomos ganhando medo e combatendo com ele, perdendo muitos, ganhando outros. Se nao e' acto heroico, facam pelo menos do desespero algo maior que Portugal, algo maior que futebol, fado e sardinhas, nao que nao ache que seja suficiente para um pais ser pais, para um povo ser feliz e para se esquecer a derrota de uma vez por todas, o complexo de inferioridade, mas porque realmente, visto de fora, Portugal tem muito mais do que o que vemos la' dentro. Aqui nao vi ainda uma fortaleza do tamanho de uma cidade, sustentada sobre as rochas, autentica, macica, genial, que fosse construida por holandeses, ingleses, espanhois. Vi sim, o meu orgulho Portugues, em todo o seu esplendor, naquele naco arrancado ao mar, aquele grito de revolta, aquele que vem mesmo de dentro, te deixa entalado de garganta cortada a meio, com as palavras a romperem o pescoco e a agua a querer escorrer-te na cara. Isso talvez seja ser Portugues.


Depois de ver o Forte, dei mais umas bracadas, comi uma massa, dei um salto as grutas escavadas de Diu, que nao deixaram nada a desejar, continuei na minha scooter a apreciar o tempo, o calor na cara, o vento e a brisa, o momento de inspiracao. Da para perceber como os portugueses se apaixonaram por aquela terra, pequeno territorio, dentro e fora da India, maravilhoso recato.

Zarpei da ilha num outro nightbus surreal, de 10 horas.

Passamos a fronteira de Diu, que sendo o unico local do Gujarat onde se pode beber alcoole, na volta tras sempre uma duzia de bebados borrachoes com a maior nassa de sempre a dizer qualquer coisa que ja de si nao percebo, a berrar e esbracejar na cama ao lado a' qual te encontras.

Um desses teve azar. Estava completamente quinado, no andar de cima, o revisor veio, puxou o tipo, qual saco de batatas, o morto cai no chao de pes, joelhos e cabeca no ferro da cama da frente do corredor. Se nao estava morto o suficiente, morreu ali. Juro que se fosse eu, nao sobrevivia, alias, acho que se ele nao tivesse bebado, nao sobrevivia, mas como estava alcoolizado, meio dormente, meio do outro lado ja', mais pancada menos pancada, vai dar ao mesmo. Caiu redondo no chao direito, nivelado a' biqueirada, trazido pelos pe's a reboque, e deixado na valeta da estrada. Acho que deve ter acordado com uma grande dor de cabeca, ou sem ela.


A viagem segiu tranquila, entre muitos saltos, nas camas que tinham 2cm de poeira por cima, que eu bati por curiosidade e vi uma poeirada no ar digna de padaria e fiel farinha.

Hoje cheguei de Jaisalmer, amanha faco o relato. Estou cansado de escrever, de puxar pela cabeca pelo que senti em Diu, depois de tamanho fim-de-semana, que apelou ao coracao, ao sentimento, a' revolta..



queria deixar-te um abraco forte Clemente, atrasado pelos anos que ja fizeste em Fevereiro, e pelo teu dia do qual me esqueci de te mandar um abraco por sms ou telefone, mas ok, num dia destes, quando leres isto, saber'as que nao me esqueci de ti... nunca. Saudades das bilharadas no taco meu pai, ou de berrar os golos do porto contigo ( pelo que tenho visto, coisa rara nestes dias...)

quinta-feira, 18 de março de 2010

DIU. foge pinheiro que te mato





Diu

Tudo comecou com um belo nightbus, confortavel e que pelo menos, em mais de metade da viagem correu sobre alcatrao a fazer lembrar a Europa, daquele que facilita a escuta de umas cantigas e que nao castiga a coluna. Depois, foi rallie, mas esse, foi em formato sono interrompido, pesadelos e sonhos esquesitos a' mistura, onde me via a ser projectado pelo Bus fora, cada vez que o meu corpo se elevava uns belos 10 cm no ar, a cada curva mais puxada ou buraco de estrada que certamente com muito menos profundidade, muito alemao ou tropa aliado se protegeu de balas perdidas e seus derivados.

Acordo de manha, com Diu do lado de fora, quase quase a chegar a' estacao de Camionetes...

Levanto-me, espreguico-me, puxo um mentos da mochila, arrumo o saco-cama, baralho um pouco o sono que ainda me assola e siga a marinha que ja' se faz tarde e a praia nao espera o dia todo..

Passo fora da camionete e voila... era ele, era ele mesmo que me esperava, logo de manhazinha, bem cedo, no terminal de Camionetes de Diu, cidade que em 1961 deixou de fazer parte do Quinto Impe'rio, e eu so' me limitei a dizer : " nao era preciso! tanto quilometro fizeste para me vires ca' esperar ". Era Cristiano Ronaldo, estava ali, estampado numa camisola do primeiro motorista que nos veio oferecer a sua boleia de Rikshaw, e eu, maravilhado fiquei por tal acolhimento, senti-me logo em casa, ou em Madrid, ndede mais nada se fala a nao ser do CR.

Segui viagem de sorriso na boca, ate' a' pensao de um homonimo meu, Souza, Igreja de S.Tome', onde um magnifico terrace nos esperava para uma bela e merecida noite de descanso, mas nao agora, agora ainda estou a comecar o dia e foi so' pra ver, abrir o apetite, prometer. Subir a abobada de canhao, caiada de branco como a lei portuguesa bem manda, orientada para o infinito , com o forte do mar a' esquerda e o magnifico forte de Diu mesmo em frente. Se tinha duvidas que o fim de semana ia ser valente, desfizeram-se todas logo ali, com um remate do meio do campo de um Ronaldo ainda vermelho, mas espero eu, que ainda Portugues, tais quais todos os que tive oportunidade de conhecer nesta maravilhosa ilha.

Os holandeses, com a fome de bola com que andam, de bolas nao que os tipos nao dao nem dois toques sem a deixar cair, mas fome imensa de voltar as' duas rodas, que se apressaram a matar no primeiro stande de aluguer de motociclos e derivados, e claro esta, em terra que ja fora portuguesa, nao ia deixar para os outros, aquilo que achei que tambem podia ter, uma belissima scooter que nao quero saber onde ja' andou, mas que andou bem, disso, nao ha duvidas.

O problema foi dar com o equilibrio da menina, com o gas' descolado e pneus carecas, e com a grande incapacidade que eu tenho para me aguentar em duas rodas sem me desiquilibrar...como diria o outro , FOGE PINHEIRO QUE TE MATO!.

MAs ok, tirando o drama todo dos primeiros metros, de me ter de habituar ao lado da estrada e de levar uma guapa que parecia que conduzia melhor que eu, sem nunca ter conduzido motinhas antes, a caravana de 10 scooters com guarda real de uma Hero Honda, seguiu, e bem, pelas desertas estradas alcatroadas de Diu, pela marginal, ate' a' primeira praia deserta que encontramos...

'Agua quente, em marco, ricas bracadas, curtas claro, porque como diria o meu encarregado de educacao " mais vale um covarde vivo que um heroi morto", e la me deixei ficar em modo away, na agua ou na areia, sem as poses secses dos meus companheiros de viagem.

Para mim o prato principal, era o que a seguir vinha, uma bela orgia de peixe, ali a' patrao, pra me deixar como' aco ( faltam-me sempre as cedilhas).
Ai comi, comi comi, e voltei a comer. Fish biryani, plain Fish, chicken chilli, e voltei ao fish biryani. Antes fui dar outro mergulho, correr pelo areal, Mitch style, a ver onde andava a Pamela.





Depois, tive a feliz ideia de comprar uma bola, organizar um PORTUGAL/INDIA VS ESPANHA/HOLANDA. A coisa ate' comecou bem, com a minha vontade de fazer umas ratas aos holandeses, mostrar onde se joga o bom futebol, ratar os gajos todos, mas ta certo. Com quase 40graus as 4 da tarde, depois de me lembrar o sabor que o peixe tem, o pai ja' vai.. Ainda nao sei como se jogou durante uma hora, num improvisado campo de 15metros de comprimento, desnivelado para a agua, e com o resultado final de 2-2. Acho que na terra dos meus avo's, canelas de seu nome, ja' se viram jogos mais felizes que este, em golos e espectaculo da bola.



Tivemos ate' a participacao de uns outros jogadores indianos, que se fizeram convidados, que corriam a linha lateral ate a' linha de fundo, e continuavam sempre.. GIMME GIMME! EASILY EASILY! PASS ME MAN PASS ME MAN!..ai o jogo morreu, nao de cansaco, mas sim de tao hilariante era ouvir estes comentarios... hehehe



Sunset point, on the rocks, sem martini. Belo por-de-sol. Daqueles que se corre uma vida e guardas dois ou tres, nao que ja tenha visto muitos, ou que ja tinha vivido muitos anos, ou que arrisque dizer que sera' o melhor da minha vida, mas pelo menos, foi bom que deus ma livre, sweet.



Mas uma bela ida a' praia, contar umas estrelas, seguida de mais um jantar big time com tubarao , tubaroas e atum, batatinha cozida, salada, que petisco. O problema veio a seguir, quando do nada, um atentato terrorista, sem que os meus servicos de informacao o fizessem prever, rebenta uma bomba nos meus intestinos... ah fodase..... pedalei que nem o vento pelas escadas ca igreja acima, chego ao quarto, sou avisado que a retrete nao esta em boas condicoes, abro o tampo, e tenho tres crocodilos a boiar, a' minha espera " ola'! ".. alguem tinha entupido aquela espelunca. Segiu a minha viagem ate' a cobertura, para a wc publica, relaxadamente ocupada pelo frances que andava a marchar a inglesa com o dobro da idade dele no promissor ninho de amor ao lado da retrete. Foi o festival.



Dormi que nem um patinho, saco-cama com as estrelas la' no alto, depois de um dia como estes acho que so' e' burro que nao dorme assim, relaxado, sem drama.

A seguir vinha um pequeno almoco na Heranca Goesa, de uma familia que falava portugues, reconheceu o nome Nuno, e me veio cumprimentar e com a qual troquei umas quantas impressoes..


A seguir vem os canhoes!




sexta-feira, 12 de março de 2010

HYPODERMIC



40 graus.
Nao o 40graus de Lousada, do qual ouvi falar algumas vezes quando era miudo, mas sim aqueles quarenta graus que queimam, a aragem pesada que parece que se arrasta e a sombra que parece que encolhe. Parece que as proprias arvores se querem expor ainda menos a' tosta que este sol da'.

La' fora veem-se alguns aventureiros de calcas de ganga ou camisas escuras, provavelmente o maior mal ainda esta para vir, e isto ainda agora comecou...Para eles a vida continua sempre de um modo ou de outro, sempre foi assim, quente e nao frio, a fumarem os bidies ou a tomarem uma thumbs up nos tascos de rua com meia duzia de placas de aluminio ao alto, baldes de agua descanalizada e a comer a' mao, sem garfo nem faca, que dos europeus os habitos de higiene ( ou abuso destes mesmos ) nao se quiseram aprender.

O alcatrao queima a borracha dos chinelos, a agua parece caldo e nem agua da mangueira parece ser fria, o duche la' de casa que nunca foi muito quente, agora escalda e nem com a agua fria ao maximo parece acalmar os animos.

Por incrivel que pareca, a fome ta sempre la, nunca desaparece por completo. Um gajo abre o menu, pede o comum thali ou os hakka noodles , comeca a comer e a aquecer. O estomago, a alma, a cara. Sua-se em bica, a comida e' pior que aquecedor, e no final acabo mais cansado que satisfeito. Mixed feelings.

Ontem tive enterrado em neve o dia todo, artificial e' claro, como a da serra da estrela pra turistas de snowboard e pseudo-ski, esferovite de 2mm que no fim dava para albergar uma familia de 10, mais cao, vaca e quem sabe o camelo.. Soube bem depois de subir ao polo norte, subir ao terrace la' de casa, estacionar a ceira no colchao colectivo, abrir uma kingfisher que nao estava tao quente como de costume, deixar-me cair em combate e ficar ali, qual chuck norris, a pensar na apresentacao do dia de hoje.

De saco-cama fugi do meu quarto que tava abafado que nem sauna seca, e os outros matuloes la ficaram sozinhos e acompanhados, e creio que nao fiz falta. Dormi umas 4 horinhas ate' a luz me acordar e segui viagem para baixo, para o calor do quarto, nao da noite.


Hoje sigo viagem para Diu, e ja levo na minha cabeca as ricas sardinhas que vou abater, batatinha cozida e quem sabe uma verde alface, e era bom para quebrar o ciclo de pepsis 7ups thumbsups e tropicana, uma bela de uma mine superbock!, SB! style.
Ja tenho quarto reservado, alias, espaco ao relento, na cobertura da igreja/hotel de origem portuguesa, por 100rupias a noite, o que trocando por miudos e' qualquer coisa como 1.30euros, um verdadeiro abuso.

Bem, vou fazer a minha lavandaria, empacotar o saco, tomar um suco de mixed fruit, eles nao importaram o classico tutti-fruit, dormir no sofa' com a ventoinha a maximo ga's e esperar pelas 22horas , altura em que comeco mais uma etapa do rally de portugal, num manhoso banco de camionete TATA India, de 10horas, na melhor das hipotesses.

Offspring - hypodermic

When you're feeling low

Hypodermic's where you go

WHen you're with yourself

You wish you could be someone else

Can't you see like you saw anymore?

Can't you feel like you felt before?

Can't you face anything anymore?

When life's a waste

Run away

Your life's a waste

Run away

Once you get a ride

Doesn't matter where you lied

Once you shoot it in

Doesn't matter who you've been

You're reaching in but you don't know where to begin

All your dance and song won't matter when you're gone








quinta-feira, 11 de março de 2010

THE TRUTH


11:09 pm.

What are you going to do after school?

Probably work and study something else...

Lucky you.

why?

I am supose to marry, I am 22.

Really?

yes, the clock is tickin.

Sai do estudio para ir comprar jantar para a malta. Macdonalds , rapido, straight to the point, sem grandes tretas. MacChickens e nuggets.
T-shirt de lifedeceiver, calcinha indiana vermelha, flipeflopes e siga a marinha que a maquete ainda nao ta pronta. Verdadeira Ave Rara, e com consciencia disso pergunto:

How many are you? 1billion?

We were one billion back in 1998, so now, we are even more.

You know how many we are?

yeah

10million. We are almost gone compared to your numbers. We are a rare specie.

Falamos de Krishna, re-encarnacao de Vishnu, deus que toma conta da vida, Brahma que a confere e Shiv que a tira. O balanco entre o bem e o mal, a proxima re-encarnacao de krishna que vira re equilibrar a vida por estes lados. Depois da III guerra mundial.
Nao ta mal que chegue ja'?
A prashi respondeu-me que se esta mal, podia estar pior, se nao o xerife ja tinha vindo.
Acho que lhe vou deixar mensagem no voicemail a ver se o tipo se despacha, acho que este pais nao precisa da guerra com o Paquistao pra que o tipo deixe as ferias dele e de ca um saltinho..assim 5 minutos, visita de medico.

Adiante,volto ao inicio.
Aos 22 casa-se com quem a familia quer, com o rapaz "convidado", ou entao vai-se ao jornal e leem-se anuncios de casamento. Alto, moreno , remata bem de cabeca, procura femea para tomar conta de casa e dos 10 filhos que o tipo de bem na vida pretende ter, nao criar.
" my family also accepts Lovemarriage, but if my father really likes the guy I have to marry him."

And what about FREE WILL?

nevermind.

Why tha hell you are so many...1billion and counting?
In small villages, people have a lot of problems to get boys, and they keep on trying, until they have at least one to carry on with the family's name, otherwise the girls will get the husband's name and family will stop.

Respondeu a' pergunta que me vinha a fazer especie desde o inicio da viagem, pois se eles dormem e vivem em todo lado, deviam conseguir controlar um pouco o instinto e pensar nos rupias que tem ou que nao tem para conseguir somar 2+2=4, saber de cor o resultado, e falando na pratica, ficar por ai.

O tempo e' mesmo relativo, em meia hora respondi a varias perguntas que duravam um mes.


mood.

Champion - The Truth



terça-feira, 9 de março de 2010

KILL YOUR IDOLS



7:30, acordo com o techno manhoso do meu colega de quarto, toque polifonico do clube jamba, da holanda para a india. Acordo eu, mas ele continua a dormir. Quase que dava uns passos de danca mas primeiro e' preciso tratar do pequeno almoco. Tercas-feiras e' a minha vez, e do charles, de tratar do manjar de nos e mais 13, leite em pacotes de plastico de 50cl, pao e mais pao e mais pao e manteiga. Quem tiver mal que diga.

Regresso a' cama de 3cm de espessura, qualquer dia aprendo a dormir em cama de pregos, ja faltou mais.

Tava quase quase, a dormir mais um bocado ,daqueles pedacos de vinte minutos que parecem as horas que nao dormiste durante a noite, e ouco um martelar interrompido, pneumatico. Nao ha alcatrao na zona, nao ha necessidade de perfurar... o sono altera sempre qualquer coisa, e ate diria que era esse sono que me massacrava de dez em dez.

Levantei-me ia ver quem andava de martelo na mao e ai me lembrei que a Royal Einfield 350 demora sempre a pegar... Se todos os dias derem ao kicks como deram hoje de manha, tomam outro banho no local de trabalho. Se calhar um banho de retrete, com a mangueira que os locais usam para limpar o calhau que ja caiu na agua, que na holanda ficava em exposicao para contemplacao pessoal ou colectiva quando um tipo se esquece de puxar o cordel.

A menina la' pegou, o sono esse, nao voltou mais.

Rickshaw, kill your idols all the way pela selva de tucs e vacas e gente e caes e camelos e elefantes e motas e biclas e mercados ambulantes.. ainda tive tempo de dizer ola' a uma miuda que pedia rupias, o problema e que a miuda nunca pede sozinha, nao pede para ela, e a miuda devia tar a brincar a jogos de crianca, jogar a' macaca ou a correr com os outros nos meios dos polls e favelas, nao a jogar o esquema de pais que se rezignam ao seu Karma e casta e usam os muitos filhos que tem para pedir na rua. Go straight\!

Chego ao meu destino. e com isto a tarefa de fazer uma maquete com 4metros por 2metros em espume, nao de barbear.

X

Horas, inventaram-nas e nao lhes souberam dar valor. Horas ou minutos, ha quem ate o faca em segundos, mas parece-me que aqui ha dias que so os tem e que nem os vejo, e outros que mais parecem meses. As unidades de medida enganam.

Aqui nao se costuma medir, e' tudo a olho. Rupia para aqui e rupia para ali. Realmente desde o deserto a' floresta indiana, e como diria o meu colega de grupe "desde o atomo ao universo", cabe tudo e mais alguma coisa. Como se diria por ca, Good shaite, and bad shit. Creio que se muito cabe nesse pequeno espaco, a India deve ser 80% desse mesmo, porque e' um mundo dentro de outra aldeia global.


Os outros 17% estao em Portugal, 2,9% em Penafiel. 0,1% na Vila Gualdina. Isto com o "escalometro" do meu amigo espanhol, da muita coisa.

Nao e' tudo relativo?


Kill Your Idols - From Championship to Competition

domingo, 7 de março de 2010

MILES AWAY!


AFFADAVIT

DOWN TO NOTHING

Sempre a bulir, sempre a mil. Com que razao?
No final sobra pouco. Des as voltas que deres, o que sobra e' sempre o mesmo. Os teus.


Aos meus. porque ainda acredito que eles acreditam no mesmo que eu.



CONQUER THE WORLD


A life that we live that we care nothing about

Trapped in a world that only spits us out Held down,

force fed Same routine until we're dead Fight for status, it's all for greed

Step on those to get what we need

Steal anything that will take us higher

Strike the match set this world on fire

We struggle to get to the top

Never satisfied with what we have

After all of our destruction

We never find an end

When the time has come and there's nowhere to run

Stuck in a cell screaming for the sun

Looking for comfort, looking for care

You burned it all up there's nobody there

Rolling over everything in sight

Raped and conquered, no fair fights

So caught up in a fucking race

That amounts to nothing just a fucking waste

Never gonna find what you're looking for

So lost in yourself, so desperate for something more

Do anything to win

Fuck all who don't give in


Conquer the world

Leave nothing in the end

ONE ARMED SCISSOR





















Depois de um belo dia de descanso, porque aqui tambem ha sabados, numa das muitas confusoes nos rickshas, paramos no vermelho.
Miudos vieram pedir rupias mas eu nao tinha nada trocado, e aqui quem da a um da a todos, a coisa e sempre complicada.
Rapidamente o motivo se tornou outro, e a miuda queria ouvir do meu mp3. At-the Drive In seguia no gira discos portatil, e ela muito entusiasmada chamou os amiguinhos e todos eles quiseram um pedacinho de EL PASO, em formato caotico de uma " cause I am a million miles away, when you get this letter",.

Priceless. Acabei com um phone sem borracha .
Ontem houve festanca rija la em casa, depois de contornar os obstaculos de licencas e etc, la se fez uma bela massa portugodutch, tortilha espanhola e tava o caldo entornado para a pista de danca improvisada na sala e terraco de casa.
Depois de muito classico e muita desistencia a fome apareceu.
"Sei de um sitio onde a esta hora se come uma bela Club Sandwich, com frango e tudo carago!" ouco eu em portugues quase perfeito.
Conheci o Alvaro logo quando cheguei a ahmedabad, descendencia portuguesa , pacato, com uma honda e a estudar a arquitectura portuguesa. Curte sardinhas, francesinhas e superbock.
"SIGA!"

Alvaro, nuno e cristina montam na Hero Honda Unicorn 125cc rumo a uma Ahmedabad deserta.
Impressionante.
Sensacao de liberdade, ar fresco a bater na cara, 40 km/h marca no velocimetro, gente a dormir ao relento em camas improvisadas, alguns sem estas mesmas mas a dormir na mesma ao relento, segurancas de ATMS rendidos ao cansaco, malta nova a conversar em grupos, camelos a a atrelar fardos imensos de palha com o respectivo dono a dormir no cimo dela, qual piloto automatico, seguimos para o outro lado da cidade, rumo a sul, quase para GOA, passando pela Drive-in Road, Millowners do nosso amigo Corbusier, ponte sobre o Sabarmati e finalmente Cama Hotel ( o nome e esse mesmo, mas nao e bordel ).
Suminho de laranja, cafezinho e a divina Club Sandwich, o Alvaro nao nos enganou.

BArriga cheia, regressamos com a promessa que se vai ouvir o fado portugues portuga, mas no final so se ouvem umas quantas palavras de uma pequena banda de amigos residente em santamarta rocktown.
A cidade continua deserta, as vacas continuam a dormir no meio da rua, os caes tambem, o camelo seguia a sua viagem 500m mais a frente do local onde o tinhamos avistado pela primeira vez e nos de pe' ligeiro e cautela la regressamos a casa.
Saco-cama, colchao pro terrace e la se dormiu ao relento, com as estrelas como pano de fundo. Supertramp no soundsystem e tres horas de sono interrompidas pelo Sol.

At the drive in - One Armed Scissor