TRUE COLORS

Sexta-feira,

21:00 bus pra Udaipur.

Hora prevista de chegada, 2:00.

Bancos traseiros, para quem percebe da poda, cozinha.

Depois da apresentacao, cansaco geral, vontade de descansar e quem sabe, dormir a viagem toda. Bus completamente apinhado, organizado em tres niveis, deitados no chao, sentados em cadeirinhas ou deitados nos compartimentos superiores. Havia tambem o segundo anel, na cobertura do bus, mas esse, era arriscar demais.

Escuro, longo, interminavel. A musica foi tratanto de entreter, meia duzia de conversas soltas, e nunca mais la chegavamos. Sao tres da manha. Paramos na autobahn indiana, mil TATAs estacionados do outro lado da via. Era tempo de mudar as aguas. Num apice corri para tentar aliviar a pressao, mas estava eu quase quase a comecar, quando me vi cercado por tres individuos que de amigaveis tinham muito pouco.

Ora bem, nestas circunstancias, ha pouco a fazer. Ou se deixa o trabalho a meio e se corre, ou corre-se e o trabalho que se dane. Optei pela segunda, avivado pelo chamamento de meu nome vindo do bus, era hora de partir.

5minutos depois paramos numa "area de servico".

Musica alta, gente, muita gente. Muitos autocarros. A Wc, era ao relento, e foi melhor assim. A que nos estava destinada tinha os azulejos brancos pintados de castanho, de cima a baixo. Era melhor nao entrar la.

5:00, Udaipur.

Hostel, edredon de 1.5 metros, camisa de flanela fantastica a cobrir o resto.

Sabado,

007 Octopussy. Esse classico, palacio da cidade, lago e vista pro hotel do johnes bond.

palavras pra que.

Jantar nao menos impressionante, com vista para o tal edificio e musica a acompanhar, um bom muton biriani e tava feita a noite. hotel, conversas sobre o alem e cama que o dia seguinte nao era menos exigente que o dia anterior.

Viagem de regresso, calor impossivel, sol, pearl jam no ouvido entre muitos outros. Ate Fonzie veio a baila.

Chega-se a casa, morde-se qualquer coisa, conversa-se um pouco e cama.

Tudo isto ate chegar a ontem ao Holly day, festival das cores.

Sabia para o que ia, mas nao sabia como viria.

Vim pintado, nem com 3banhos estou "branco" de novo, foi digno do melhor Ram Jam, e ate o batista tinha ficado pasmado com a selvajaria que por ali andou. Fomos pro CEPT, faculdade de arquitectura transformada em batalha campal, com cores e agressoes de cartao vermelho.

Parecia-me que o Mel Gibson tambem por la andava, cara pintada de azul, qual braveheart.

Ainda deu pra ir a casa de deus, que na india se chama Doshi, dar um abraco ao patrao e comer meia duzia de batatas fritas.

Depois, foi voltar ao local de batalha, relaxar , comer um gelado e uns veg noodles, tomar um belo banho de mangueira e esperar pela noite.

Depois de jantar, casamento indiano do vizinho da frente.

Sinceramente, as fotos devem elucidar um pouco a realidade indiana. A rua fechada, gente aos molhos, musica ao vivo com um artista de variedades, e enfim, tava o caldo entornado.

as fotos sao simon, nao tinha rolo na maquina nem coragem para a partir .