quinta-feira, 13 de maio de 2010

O EXERCICIO

foi o de voltar a delhi nos ultimos dias da aventura, ao mesmo lugar onde tudo começou, depois da espera no aeroporto, do truque do taxista, do desconhecido se abater sobre nós.
A rua nao parecia nojenta, os esgotos pareciam riachos, as vacas apareceram com a naturalidade que os cães aparecem em Portugal, os cheiros eram familiares, o incenso misturado com os escrementos animais, os sacos de lixo rompidos ou simplesmente o lixo sem sacos a povoarem a lama que por vezes se encontrava coberta por uma timida camada de alcatrão.

Os lençois pareciam lavado, dormi de boca aberta e a babar-me, espalhado na cama como o Songoku o bem faria, nao ressonei, mas dormi até a temperatura o permitir, até o sol me acordar de novo, até me lembrar que o regresso estava para breve e que para breve tudo iria desaparecer, como se nunca tivesse acontecido.

Os ruidos lá distantes.

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