Mogli nas fisgas do ermelo
Luang Prabang revelou-se igual ao primeiro impacto à chegada, pródiga em descobertas de templos, pequenos jardins, e encontros algo mágicos. Um desses momentos surgiu ao descescermos por uma viela bastante estreita e inclinada. daquelas da piada do oh mae tenho a cabeca grande. A meio da descida, apercebemo-nos da existência de umas escadas para um templo. Ao estacionar a bicla, um monge veio ajudar o difícil parqueamento, coisa que ate então, julgavamos impossível, pois a postura de retiro - ainda que frequentemente curiosa -que assumem não permite grande conversas ou interaccoes. Decidi desenhar, para variar um bocado e dar uso ao kg de folhas que carrego às costas. Fixos ali durante uma relaxada meia hora, a irrequieta Ana decide subir às arvores para a apanha das mangas. Alias, ela ate achava que eles não as comiam e que era uma pena estragar. Enquanto andava ela à cuca de fruta, topei o monge a aproximar-se. Ana, em vez de comermos mangas vamos comer comida de urso. Arret Michelle que tu vá tombe. Numa postura tranquila, o monge aproxima-se de nós com mangas maduras para grande banquete, com o à vontade de quem contacta com o exterior. Perguntou de onde vinham os e o que fazíamos ali, e tentou explicar o nome do sítio e escreve-lo no caderno. Trouxe-me à memoria o golden temple e Amritsar. Volvido um dia sobre a chegada, era hora de ir ao spot onde se fotografam os postais. As cataratas. Tínhamos ideia de algo incrível, mas que com alguma facilidade poderia estar a abarrotar de turista. Época baixa para nós, balnear para eles. Encontramos malta do hoatel que ia encher um tuctuc, fizEmo-nos convidados e bota que chuta.
Carripana cheia - reunido um grupo de turistas com gentes da Dinamarca, Alemanha, Holanda e dos "States"- iniciou-se a viagem pelas montanhas de Laos, ate as kung si Water falls. Ate parecia a senhora da saúde em Bustelo, farnelzinho para encher o deposito tuga style: batatinha frita, coxinha de frango e cervejinha. Um espetáculo digo eu, enquanto os outros comiam shakeshake de oreo e outras cenas menos drogas de figurarem num farnel. Se faltou o presunto o queijo o salpicão e o rojaozinho? Claro que sim, mas é como diz o outro:em tempo de guerra todo buraco é trincheira.
Aptos para o banhinho, seguimos em fila indiana, afável e cordial, bosque fora. Espalhadas pelas mesas, varias familias iam aviando as panelas de comida para depois as levarem mais leves embora. Uma dessas, fez questão de nos oferecer uma Beer Lao. Incrível. Veio mesmo a calhar, o convívio e a bejeca pra viaje. Acelaramos o passo para voltar.os a encontrar o resto do grupo. Deparamo-nos com os primeiros níveis de agua. As primeiras represas. era mesmo cena à filme, agua azul azul azul, bastante gente é certo, mas para quem já bate palmas quando orienta spot junto ao rio Tabuão, isto era melhor que um o bife à Cedro.
O Robin "dos bosques", holandês que me lembrou jrlmer Simon e companhia, sabia de uma cascata secreta, fechada ao publico. Ele tava a fazer de Leonardo si caprio para as Babes, num constante prove the game prove the passe e esta sua cartada revelou-se genial. Trepamos monte acima ate chegar a um carreirinho com interdição e barreira. Como estávamos em espirito de grupo, fomos todos. Quando lá chegamos, até os tomates rolaram encosta a baixo. Uns oitenta m2 de represa com queda de agua, só para nós, a um nivel alto, com vista para as montanhas, mesmo king of the jungle. Tipo piscina sem caleira finlandesa, que a malta gosta e vê naa casas modernas, só a ver a agua sem beirinha. Um banho, dois banhos, três banhos e a caravana volta a partir encosta acima. Afinal havia outra. Selva e mais selva, já nem sei se era do mogli ou do rei leão ou do Tarzan. Era apenas o imaginário de tanta imagem de banda desenhada, filme de animação e do King Kong. Era selva com agua tao azul como equipamento secundário do Porto. Dá para ter uma ideia.
E quando já tinha o queixo todo quilhado por andar com ele tanto tempo a raspar no chão, tive a estucada final no ultimo patamar da cascata. Já fostes. Esta sim, era tipo spa hotel mas natural, com uma vista del mangalhon e com spot para mergulho. Nem tava muito nessa, tinha pedido à miúda chilena que vinha conosco para tirar uma foto. A ideia era tirar a foto já na água, mas ela como percebeu mal e viu que eu estava a demorar a descer, perguntou se eu ia saltar hoje, ou amanhã. Eu so queria descer, o salto nao estava no pacote. Mas já não havia chance como o fossas bem teria dito. A Ana ate estava a ver lá de baixo e a achar aquilo muito esquesito: capitão Sousa a querer mostrar dote de salto em altura e comprimento. Mais uma razão para, em meia bola e força, dentes serrados e olhos esbugalhados, saltar para o vazio. Era mais alto do que a prancha das piscinas de Penafiel. Não era assim tao alto tambem, era so o receio aos penedos.
Como diz o Cross, deu mas não ia dando.
Voltamos cansados da agua, como era natural quando regressavamos na camionete da escola das 3as feiras de piscina. Bem moídos e calminhos. Modo zen portanto.
No dia seguinte fomos andar de elefante pois a Ana tinha essa na bucket list e o que tem de ser tem muita força. A Ana fez de Subhro e eu de marajá, enquanto já contava horas e afazeres para o vôo de Hanói.
65daysofstatic - mountainhead
Não comas coisas que te façam mal...
ResponderExcluirTu vé lá
Abraço and good trip
JP